por Alexandre França
com informações de Maria Cecília Loschiavo
Desde ontem o plano espiritual talvez esteja se preparando para ganhar novas formas de se ambientar. Com a partida do designer Sérgio Rodrigues, figura de personalidade marcante e que soube transformar suas inquietações numa obra coerente e reveladora da cultura brasileira.
Sergio é, sem dúvida alguma, uma das mais admiráveis expressões do design em nosso país. O traço coerente e único inscreveu seu nome na história do design do século 20, sobretudo pela criação de uma grande variedade de produtos, dos quais o mais famoso é a Poltrona Mole.
Em algumas peças Sergio Rodrigues conseguiu resgatar o espírito da mobília tradicional e também aspectos do Brasil indígena, fazendo coexistir o Brasil-brasileiro com o Brasil-de-Ipanema, e com o Brasil da industrialização paulista.
O designer lançou-se numa busca permanente de projetos, métodos e materiais para atender adequadamente as necessidades do usuário.
A aproximação de desenho do móvel moderno com certos objetos da cultura brasileira, e a não preocupação com modismos, acentuam o espírito de brasilidade que tanto buscou Sergio Rodrigues. Esses dois fatos foram preponderantes da decisão do júri da IV Bienal do Móvel, Cantu, Itália 1961, premiado com a Poltrona Sheriff entre 400 candidatos de 35 países.
Parabéns pelo post
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