EDITOR : ALEXANDRE FRANÇA
COLABORDORES : ANDRÉ REIS E BETH SHIMARU

quarta-feira, 22 de maio de 2013

"TAPETES ARRAIOLOS"

por Alexandre França

Aqueles lindos tapetes bordados, cheios de cores e formas variadas, chamados por aqui de arraiolos são uma herança de nossa formação portuguesa. Muito usados no decorrer dos tempos, chegou até o século XX ainda com vigor. É capaz de aliar pensamento estético e domínio técnico à um fazer manual. Cabe a nós no século XXI preservar e estimular a criação de novas peças.


Uma manifestação artística conhecida em todo o mundo, os Tapetes de Arraiolos ocupam um lugar de destaque entre as artes em Portugal.


A sua origem na cidade de Arraiolos é uma história longa de séculos. A referência escrita mais antiga feita a um tapete de Arraiolos encontra-se no Arquivo Municipal da cidade e data de 1598. Sobre a origem e a história do Tapete de Arraiolos sabemos que a vila dispunha de todas as condições para o desenvolvimento deste artesanato. Situava-se numa região pecuária, em que a lã era uma produção destacada.


Por outro lado a vila contava com uma importante atividade têxtil. Nas pesquisas constatou-se que em 1573, de 122 moradores do núcleo urbano com a profissão indicada, 31 (25%) tinham atividades ligadas a esse ramo: 18 tecelões, 7 cardadores, 2 pisoeiros, 2 tosadores, 1 tintureiro e 1 surrador. Os próprios inventários evidenciam a importância dessas atividades no conjunto da população. Ora, a execução de tapetes exigia quase todas essas profissões, quer na preparação da lã e sua coloração, quer ainda na produção da tela sobre a qual o bordado se executava. Bordado à mão por gerações e gerações de bordadeiras que os fizeram chegar aos nossos dias, o “Tapete Arraiolo” é um riquíssimo legado que chegou ao Brasil com os colonizadores.




Nenhum comentário:

Postar um comentário